As cirurgias plásticas são grandes aliadas dos pacientes que sofreram queimaduras e podem, inclusive, ser recomendadas para aqueles que sofreram traumas recentes.
E essa aliança é derivada principalmente da capacidade de reparar a região afetada e diminuir os prejuízos estéticos e funcionais. Mas, o que significa falar em “prejuízos estéticos e funcionais”?
As queimaduras são traumas muito peculiares. Diferente de outros tipos de ferimentos, elas geram grandes quelóides, principalmente quando o local acometido é extenso. Sendo assim, essa cicatrização pode afetar tanto a parte estética como a função de membros além de também afetar a qualidade de vida do paciente.
Quando a quelóide por queimadura acomete lugares como pescoço, cotovelo e joelhos, ou seja, articulações, o tecido cicatricial formado impede a movimentação natural da pele, gerando assim desconfortos, dificuldade de movimentação e até dores.
Além disso, é uma cicatriz que causa desconforto estético para os pacientes, pois além da coloração, toda estrutura da área atingida pode impactar diretamente a autoestima e a autoconfiança do paciente.
Assim, as cirurgias plásticas são extremamente importantes para retomar a qualidade de vida desse paciente.
Como é a cirurgia?
A cirurgia para o tratamento das sequelas das queimaduras depende muito da análise individualizada de cada caso. Isso porque o cirurgião plástico pode utilizar vários recursos cirúrgicos em um mesmo procedimento.
Para isso, é extremamente importante que o médico analise fatores como a localização, a fisiologia do paciente e suas características básicas, bem como os materiais e técnicas aplicadas.
O principal objetivo é obter o melhor resultado, com incisões mínimas. No entanto, nos casos de lesões muito extensas ou em locais complexos, o procedimento pode ser dividido em fases, nas quais cada cirurgia realizada visa trabalhar de determinada forma a região para atingir um resultado satisfatório.
Quando a cirurgia é realizada?
O momento da realização da cirurgia também depende do estado do paciente. Em um primeiro momento, o tratamento inicial em geral envolve a estabilização da região, com a utilização de curativos, orientações para os casos mais simples ou ainda, internação nos casos mais graves.
Quanto mais complexa a queimadura, mais profissionais se unem para promover o bem-estar do paciente.
A gravidade da lesão é categorizada de acordo com a localização, extensão e profundidade das queimaduras. Pacientes acometidos por queimaduras de segundo grau em acima de 20% da superfície corporal em adultos e acima de 10% em crianças e idosos ou ainda quando acometidos por queimaduras de terceiro grau acima de 5% já são casos nos quais a internação é a forma mais eficiente de tratamento, garantindo todos os recursos necessários para um atendimento rápido e efetivo.
Além disso, outras indicações para internação são: lesões de segundo ou terceiro grau no rosto, genitália, mãos ou pés; queimaduras elétricas e químicas; lesões inalatórias ou em caso de condições desfavoráveis por parte do ferido.
Sendo assim, o melhor momento para a realização da cirurgia plástica varia de caso para caso e depende da análise de uma equipe multidisciplinar.
Via de regra, para casos recentes, é necessário estabilizar primeiro o paciente para depois investir no tratamento das queimaduras.
A importância da prevenção
Quando falamos em queimaduras, a prevenção é extremamente importante. As lesões desse tipo representam um risco para a vida do paciente e isso vai muito além da estética. Portanto, adotar medidas de prevenção, seja no âmbito familiar ou profissional, é essencial para evitar que ela ocorra.
Sendo assim, procure manusear objetos quentes com cuidado, com proteção adequada, evite exposição ao fogo e tenha muita atenção ao manusear químicos, combustíveis ou outros produtos inflamáveis.
Lembre-se daquele ditado popular: prevenir é melhor que remediar. Se você gostou desse texto, lembre-se de compartilhá-lo nas redes sociais!