Alexandre Audi

Câncer de mama: prevenção

Em 2022, cerca de 66 mil mulheres serão diagnosticadas com o câncer de mama. As informações são do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde e serve de alerta para a prevenção.

Especialistas afirmam que o câncer mamário é o segundo tipo que mais mata mulheres no Brasil. Para evitar a forma mais grave da doença, o exame preventivo é essencial e salva vidas. Os médicos recomendam que as mulheres façam o exame de mama periodicamente e que procurem um especialista imediatamente caso perceba algum sintoma.

O INCA revela que a doença também atinge os homens, porém representa apenas 1% do total de casos. As mulheres são as mais afetadas e devem ter atenção. Realizar o autoexame também ajuda a identificar alguns sinais de que algo não vai bem. Entre os principais sintomas estão:

  • Aparecimento de nódulo (indolor, duro e irregular). Há também aqueles de consistência branda, globosos e bem definidos;
  • Edema cutâneo na pele;
  • Retração cutânea;
  • Dor na região mamária;
  • Inversão do mamilo;
  • Hiperemia (alteração na circulação sanguínea).

O que causa o câncer de mama

Vários fatores podem provocar a proliferação anormal das células do tecido mamário de maneira desordenada, desenvolvendo o câncer de mama. Uma dessas consequências está ligada as alterações genéticas.

Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia explicam que 5% a 10% dos casos de tumores na mama são hereditários. Isso ocorre quando a paciente tem algum parente de primeiro grau que possui ou teve a doença.

Isso significa que mais de 90% das mulheres diagnosticadas não estão dentro desse perfil. Outra informação importante é que cerca de 30% dos casos poderiam ter sido evitados apenas com hábitos de vida saudáveis, como praticar atividades físicas ou esportiva e consumir alimentos saudáveis.

Entre os fatores de riscos estão: tabagismo, ter tido câncer de ovário em qualquer idade, o uso de contraceptivo e reposição hormonal. Além disso, mulheres que não tiveram filhos (nuliparidade) estão entre as mais propensas ao câncer de mama.

Mesmo as mulheres que não fazem parte do grupo de risco devem procurar o seu médico para fazer a mamografia. Essa rotina periódica pode ajudar paciente a descobrir a doença ainda no estágio inicial. Oncologistas explicam que quanto mais cedo o tumor for identificado, maiores são as chances de cura.

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres façam a mamografia e ultrassonografia mamaria anualmente a partir dos 40 anos de idade. O objetivo é diagnostico precoce.

Como identificar o câncer de mama?

Além de realizar os exames nos consultórios médicos, é importante que a mulher realize o autoexame, por meio dele é possível perceber alguns sinais, como um nódulo no seio, que pode vir acompanhado ou não de dor.

Prestar atenção no corpo e procurar um médico logo perceba algo diferente também é recomendado pelos especialistas. Ao analisar a mama, é possível que a pele esteja com aparência de casca de laranja ou apareçam caroços debaixo do braço.

Caso perceba esses sinais, um médico deve ser consultado para a realização de exames detalhados que confirmem ou não o câncer de mama. Ao detectar o câncer e saber em qual estágio se encontra, o médico indicará o tratamento mais adequado para a paciente.

Tratamento do câncer de mama

A indicação vai depender do estágio da doença em que a mulher se encontra. O oncologista é o profissional habilitado para indicar o tratamento mais adequado para diferentes situações, em alguns casos será necessário a remoção total de um dos seios ou dos dois.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), há duas modalidades de tratamentos:

  • Tratamento local: consiste na cirurgia para retirada do tumor ou de toda mama. Quando for necessário remover os seios, a mulher pode também se submeter a reconstrução mamária. No tratamento local, o médico pode recomendar a radioterapia, dependendo da situação.
  • Tratamento sistêmico: Envolve quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

A decisão sobre como tratar a doença deve ser feita apenas por especialista. Ele que vai decidir sobre cada etapa e quantas sessões devem ser realizadas.

Reconstrução mamária

Em alguns casos, a paciente precisa passar pela mastectomia, que é a retirada cirúrgica de uma das mamas ou das duas. Esse procedimento só ocorre em último caso, quando o médico percebe que a mulher não terá condições de cura apenas com a retirada da região em que se encontra o tumor.

Leia também nosso artigo sobre Reconstrução Mamária.

Para muitas mulheres esse tratamento é traumático e muito doloroso, porque mexe com a sua autoestima e feminilidade. Algumas chegam a ter depressão. Porém, a cirurgia é necessária para combater a doença.

Para que mulheres submetidas a mastectomia voltem a ter uma autoestima elevada e tenham mais confiança, a medicina tem como solução a reconstrução mamaria. A cirurgia estética reconstrói os seios da paciente com o mesmo formato da mama.

Em alguns casos, a mulher pode fazer a cirurgia de reconstrução logo depois que a mama foi retirada. Para que os seios fiquem mais realistas, o cirurgião plástico reconstrói a aréola e o mamilo com o próprio tecido mamário da paciente.

Equipe de Comunicação Dr. Alexandre Audi

Equipe de Comunicação Dr. Alexandre Audi

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